Contador de Árvores da Mata Atlântica
24.02.2022- por itpaO governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio de sua Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), criou, em 2008, o projeto “Contador de Árvores da Mata Atlântica”. Na época, era apenas um relógio digital instalado no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico (que ainda abriga esta verdadeira escultura viva, feita com espécies originais do bioma), que tinha a função de contabilizar as árvores nativas plantadas em todo o território Fluminense, pelos diferentes setores da sociedade, a partir do primeiro dia de 2007.
Em 2009, porém, o ITPA foi convidado a ser parceiro na iniciativa e ajudou a transformá-la em uma ferramenta de mobilização da sociedade para a importância do plantio e da manutenção das florestas de pé. Além de sequestrarem carbono, elas prestam uma série de serviços ambientais, como administração da água e a preservação da biodiversidade. A meta era chegar a 24 milhões de árvores em 2016, ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Uma das ações foi o Dia do Clima (Dia C), realizado sempre em 21 de setembro, Dia da Árvore. Na ocasião, todos foram convocados a plantar o maior número possível de mudas nativas em 24 horas.
Resultados
Um dos trabalhos efetuados pelo ITPA no âmbito do Contador, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente e o Instituto BioAtlântica, foi o “Diagnóstico da Rede de Viveiros e Coletores de Sementes do Estado do RJ”, uma vez que não se sabia qual era o verdadeiro potencial e a forma como as mudas estavam sendo produzidas. Isto gerava muita insegurança, não apenas para o governo, mas também para as indústrias que possuem grandes metas de restauração.
O mapeamento resultou em mais de 70 viveiros com capacidade de produzir até 10 milhões de árvores/ano e que empregam cerca de 400 pessoas. A análise é fundamental para que os projetos de restauração previstos nos próximos anos na região tenham qualidade e gerem trabalho e renda, característica básica da dupla: preservação da natureza e desenvolvimento econômico.